ABSTRACT
A prsença de alteraçöes hepáticas em portadores de retocolite ulcerativa inespecífica varia de 4,7 por cento a 90 por cento e os mecanismos näo säo esclarecidos. Este estudo teve por objetivos observar a freqüência com que aparecem alteraçöes hepáticas em pacientes portadores de retocolite ulcerativa inespecífica, conhecer suas repercussöes, observar a relaçäo entre a forma intestinal da doença e as lesöes hepáticas e identificar as possíveis alteraçöes histológicas do fígado. Constituiu-se grupo de 21 pacientes portadores de retocolite ulcerativa inespecífica (Grupo 1, subdividido conforme a ausência ou presença de alcoolismo, em Grupo 1A e Grupo 1B), que foram comparados com 10 pacientes portadores de colopatia funcional (Grupo 2). O estudo compreendeu observaçäo clínica quanto à manifestaçöes de doenças hepáticas, ultra-sonografia, provas de funçäo hepática e, nos pacientes com alteraçöes dos parâmetros fixados como normais procedeu-se à laparoscopia com biópsia hepática. Alteraçöes clínicas estavam presentes em três pacientes. O estudo ultra-sonográfico se mostrou alterado em 14,3 por cento dos pacientes do Grupo 1A e em 57,1 por cento dos pacientes do Grupo 1B. A albumina e a colinesterase foram as provas de funçäo hepática que mais se alteraram no grupo de portadores de retocolite ulcerativa inespecífica quando comparadas ao grupo de pacientes com colopatia funcional. A pesquisa do vírus B e do vírus C resultou negativa em todos os casos realizados. Nos pacientes portadores de colopatia funcional (Grupo 2), os exames resultaram normais. Do total de 21 pacientes com retocolite ulcerativa inespecífica, em 15 se obteve fragmentos hepáticos. Algum grau de alteraçäo histológica ocorreu em todos os pacientes biopsiados